segunda-feira, 4 de maio de 2015

Tens um Pinóquio lá em casa?!

Pois existe a fase da mentira! Existe? Será que existe mesmo? Pois se calhar existe!
Tu já mentiste?! Para quê?!
Para "salvares a pele"?!
Para teres o que queres?!
Porque não querias passar por totó e óbvio que mentiste assumindo que sabias "aquilo" mesmo não tendo percebido?! Ou ouvido a pergunta?! 
Mentiste porque nem te querias chatear?!

Pois, também os mais pequenos!

E ainda, porque não separam o mundo imaginário do real, ou porque os adultos disseram palavras difíceis e eles tiveram que fazer uma interpretação para aquilo lhe fazer sentido.... tantas coisas!

E o que gostavas que te dissessem ou fizessem para que a mentira não surgisse como uma solução?


Bom eu tive uma revelação hoje! Consegui descobrir mais uma razão para a criança mentir.

A Popotinha de vez em quando mente! Quase sempre, a sua mentira, é uma sugestão de que a melhor amiga, a C., lhe fez mal, ou portou-se mal. O engraçado é que esta situação surge quando não estão juntas, e intensifica-se quando não estão juntas há muito tempo.
Ora, óbvio que percebia a mentira porque era impossível ter acontecido quer no espaço, quer no tempo (devia estar o desafiar o Einstein, não?!)

Hoje fez-se um click! Tinha sempre a conversa com ela no sentido de não ser bonito! Mas hoje... hoje... consegui mudar a lente!

SAUDADES! 
Tão simples! Saudades!
Mas a Popotinha não sabe explicar, ainda tem dificuldades em explicar sentimentos, as coisas são abstractas.

Mais uma vez batemos nas necessidades, não é?! (Podes ler mais aqui)
Devemos reconhecer a necessidade e a dificuldade que a criança pode estar a sentir, devolver-lhe o que lhe está a sentir dando-lhe um nome e tentar colmatar a necessidade.

A Popotinha conheceu melhor a palavra "Saudade" e voltou a estar com a melhor amiga. Como será da próxima vez que sentir "aquilo"? "Aquilo" que ela só soube explicar mentindo?! Estou curiosa! 

Muda a lente e vê o que acontece! :)


sexta-feira, 1 de maio de 2015

Faz a pergunta certa - estratégia #3 para redução do stress

Como tenho vindo a partilhar aqui, o questionamento é uma ferramenta importante num percurso de auto-conhecimento. Dirige-nos e recentra-nos no que, para nós, é essencial!

No entanto, temos muita tendência em questionar "porquês". E pergunto: o que fazes com esta pergunta?

Bom, quando penso naquilo que eu gosto, esta pergunta remete-me para pesquisa e activa-me para uma aprendizagem e uma curiosidade fabulosas. Adoro!

Mas quando me remeto a questões pessoais, do e no passado, de partilha e dos vários papeis que tenho, esta pergunta paralisa-me. 
Como é contigo?

Ouvimos muitas vezes: "Eu hoje sou assim, porque na minha infância....", "Sou assim porque uma vez..."! Ora na verdade nada destas questões, destas respostas à pergunta "Porquê?" nos acrescenta alguma coisa, ou nos indica um caminho. Trás-nos conhecimento e compreensão, o que numa primeira fase é importantíssimo. Passamos a ver uma verdade!

Agora aprecia a magia se fizeres outra pergunta: "Como?"

"Como posso/podemos fazer melhor?"
"Já tentei assim e assim. Não gostei dos resultados. Como posso fazer diferente? O que é que eu ainda não experimentei?"
"Não concordo contigo. Como podemos chegar a um consenso?"


A nossa mente não se permite a ficar com um "porquê" sem resposta. Então começa a divagar.
Se a pusermos a pensar no "como?" focamo-nos na acção e na solução! E podemos ser heróis todos os dias! Acredita no potencial da pergunta. E mais ainda, acredita no potencial das tuas intenções: 
"O que queres? 
Como podes fazer para o conseguir? 
Hoje podes fazer o quê?"


E com o teu filho? Em vez de "Porque não queres arrumar os teus brinquedos?" se tentares "Como podemos arrumar os teus brinquedos? Posso ir buscar a caixa e tu colocas lá dentro, ou vais tu buscar a caixa e coloco eu os brinquedos na caixa?".
Para além de o teu filho se focar na acção, compromete-se com ela, até porque tu também és mais criativa(o), apresentando logo uma solução e uma escolha. A pergunta de "Como?", funciona quase como o teu espaço de respiração, para pensares e comunicares diferente. Como promoves uma escolha em cooperação, também motivas e sentes-te motivado.

Boas perguntas!