segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Outra vez o mesmo..?!?!


Outra vez mais do mesmo. Afinal li e reli e fiz as intenções e volta sempre ao mesmo: gostava de gritar menos, ter mais paciência, blá blá blá...

Hummm!!! No meu ver: continuas altamente consciente, estiveste atento às dificuldades porque estavas realmente comprometido e... humm... Ah! Claro, não és perfeito! 
Imagino que estás na direcção certa!

Boa notícia: não tens de ser perfeito e... ESTÁ TUDO BEM!!! As crianças (e os adultos) não precisam de pais perfeitos. O que precisam é de pais que as aceitam na sua (igual) imperfeição (o poder desta frase!!!!), modelos de compaixão e respeito, que pedem desculpa e reconectam.
As soluções para desobediência, falta de respeito, preguiça, teimosia não se encontram em mais regras, mais castigos ou mais lições de moral. As soluções encontram-se dentro da relação que tens com o teu filho.


Então, precisas conectar! E regular as tuas próprias emoções. Facilmente se desconecta! Quando isto acontece, quando já estás em raiva, já activaste o cérebro reptiliano e responderás de forma desajustada, em fuga, em ataque ou paralisando.

As resoluções para serem conseguidas, enquanto pai/mãe consciente e com apego requerem um trabalho de uma vida. Não tens de ser bom já este ano, nem para o ano... 

Vejamos o plano que fizeste, neste pano de fundo:

1. Regula-te e mima-te: boa alimentação, dormir bem, meditar, aprender a respirar como ferramenta de meditação, transformar os pensamentos intrusivos e negativos em insentivos e abrandar o ritmo.
Quando estas desregulado, o teu filho ou outra pessoa qualquer parece-te o inimigo. 
Retira-te do sítio onde estar, vai à casa de banho, tanto faz, e faz uma coisa que mais ninguém pode fazer por ti: RESPIRA!
Depois.... estás preparado/a para qualquer coisa.

2. Reconhece o amor que sentes por ti e pelo teu filho. Ele é único! Ele espera que o reconheças e respeites TAL & QUAL ELE É. Curiosamente as crianças que dizem que se sentem amadas (as mais amadas) são também aquelas que cooperam mais. Faz-lhe sentido seguirem a liderança de quem lhes mostra amor. 
O teu filho é desafiante? Aproveita cada desafio para demonstrares que o amas, tal como ele é, que tens limites (sim, tu! Como achas que ele aprende?), conectas e poderás RE-direccionar o comportamento.

3. Conecta! Repara, isto é o mais importante, para o teu filho te escolher como lider e coopere contigo. Não é uma questão de obediência. Se o mais importante é a conexão, não estamos a falar de tempo de qualidade, de tempo estruturado, mas sim a forma como olhas e vês o teu filho.
De manhã abraça-o, quando chega da escola "Gosto de ti e estou aqui!", "Enquanto faço o jantar, contas-me como correu o teu dia. Estou muito interessada em saber"; "Hoje vou deitar-me contigo porque também quero contar-te o meu dia." Escuta o teu filho!

4. Pretendes que o teu filho te respeite? E aos outros? Fala-lhe com respeito.
Se queres que ele aprenda a regular as suas emoções, mostra-lhe como fazes para regular as tuas.
Modelagem é a forma de aprendizagem básica das crianças.

5. Lembra-te de uma coisa. A forma de comunicar da criança é ainda limitada. Um mau comportamento do teu filho será a forma dele transmitir que alguma das suas necessidades não está colmatada e que ele não sabe reagir, nem gerir grande emoções. Ajuda-o a entender!
É importantíssimo que nesta fase, aproveites para lhe aumentares o léxico dos teus sentimentos para eles começarem a conseguir exprimir-se como alternativa ao baterem: "Já percebi que estás mesmo chateado e com raiva, mas não vou deixar que bates no teu irmão! Agora vais dier ao teu irmão como te sentes.", "Não gosto que jogues à bola dentro de casa, que tenho receio que partas alguma coisa. Podes ir jogar lá para fora." É muito importante que lhe devolvas o teu limite também.

Lembra-te de vários pressupostos:


  • Não há famílias perfeitas. Logo não há pais perfeitos. Logo não há filhos perfeitos.



  • Parentalidade positiva, com apego e consciente não é um destino, é uma viagem!


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